sábado, 27 de agosto de 2011

Memória curta

Há alguns meses, Louçã, entre outros, tentou trazer para o debate público a necessidade da renegociação da dívida. Entre acusações de irresponsabilidade e de caloteiro, a verdade é que esses meses passados, e apesar de chumbada a proposta do PCP, o debate instalou-se e há uma larga gama de economistas de todos os campos a defender a impreterebilidade da medida. A dúvida sobre a questão pode manter-se nestes tempos em que todos são comentadores públicos de economia. Mas o que é realmente esclarecedor do modo de fazer politica é a forma como o discurso politico incorporou esta expressão e a tornou discutível quando há poucos meses todos faziam crer que a renegociação era impensável. Até o taxamento de heranças e doações, também proposto na altura pelo BE, é agora defendido pelas vozes mais impensáveis. Mas, também aqui, as vozes do costume chegam-se à frente a desdizer a medida. Outros que sabemos ao que vêm.

Sem comentários:

Enviar um comentário