quinta-feira, 23 de junho de 2011

A meritocracia

A luta é antiga e, diga-se, em muitos casos justa. Os melhores aos melhores postos, renovação de cargos e promoção daqueles que melhores resultados mostram. Aparte alguns defeitos da posição quando extremada como tem sido (dificuldade de avaliação, recirculação das mesmas pessoas), a direita tinha, agora, chegada ao poder de fresco, a oportunidade de provar a todos do que falava. Aparentemente, a meritocracia é global e serve em qualquer molde. Se pegarmos em Assunção Cristas e avaliarmos o seu percurso, nem uma menção a nenhuma das áreas que dão nome à sua pasta. Nenhuma experiência de campo, nenhuma experiência académica, nenhuma experiência na consertação social nestas áreas. Em nenhuma área que não a justiça - e, ainda aí, o mérito seria mais que discutível - Assunção Cristas faria sentido neste governo. É especialmente relevante quando a área em questão recebe uma grande percentagem das verbas orçamentais, inclui a área onde o CDS se tornou mais visível (agricultura), a área onde a presidência da república mais tem incidido a sua preocupação em vários discursos (mar) e uma da áreas onde mais peso político é conveniente para saber jogar o jogo de interesses correspondente (ordenamento do território). A meritocracia é partidária, não governativa nem curricular.

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